A passarela vermelha brilhava impecável, o que custou alguns bons escorregões das modelos. Fora estes sustos, era a mesma Juliana de sempre. Os balonês, as formas volumosas, os vestidos sem cintura que tinham um quê de Paul Poiret e lembravam melindrosas oversized, as botinhas baixas (que já são marca registrada) estavam todos lá. A novidade ficou por conta dos tecidos mais sofisticados, em especial o cetim de seda pura, que a estilista vem experimentando desde sua coleção de inverno. Levada pela onda anos oitenta que vem varrendo a moda, Juliana apostou em ombros bem marcados, ora por ombreiras, ora por dobraduras e babados no próprio tecido. Investiu também nas calças de cintura alta, com muitas pregas e boca afunilada e, claro, nos tons fluo. O melhor do desfile ficou por conta dos vestidos tomara-que-caia, bem coloridos e femininos e com uma inegável vocação comercial.
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