terça-feira, 28 de abril de 2009

Como diamantes, relógios Rolex são para sempre

Lembro-me que certa vez, ao ouvir em uma entrevista uma modelo falando que não poderia tirar o relógio porque era um Rolex. Segundo conselhos de sua mãe, aquilo mostraria que ela não era qualquer uma. Achei engraçada a colocação, algo sem o menor sentido naquele momento. Porém, o comentário me despertou a curiosidade de pesquisar sobre a marca. Visitei o site da Rolex e muitos outros sites da internet até que em janeiro deste ano me deparei com um número especial da revista francesa Stiletto totalmente dedicado à grife. A publicação é maravilhosa e serviu de referência para as fotografias deste post.

Hans Wilsdorf, fundador da Rolex em 1905

Qual é o símbolo universal de consagração? A coroa. Muito bem, e é este emblema com cinco pontas como uma estrela ou ainda como as letras do nome, que expressa a marca Rolex. A origem do nome Rolex é desconhecida. Sabe-se, no entanto, que se trata de uma palavra inventada. Porém as versões de tal criação não são reconhecidas pelo escritório-sede da marca em Genebra. Em 1905, Hans Wilsdorf uniu-se ao seu cunhado Alfred Davis e criaram em Londres uma empresa especializada na distribuição de peças de relojoaria suíça para a Grã-Bretanha e países do império britânico. Desde o início de suas atividades a Wilsdorf & Davis propõe o luxo ao buscar junto aos fabricantes que as peças sejam elaboradas em tamanhos cada vez menores e mais leves. A marca foi registrada em 1908. A partir daí a inovação e o pioneirismo passam a fazer parte de sua identidade. Em 1914, Hans Wilsdorf disse que a marca deveria ser vista como simplesmente a melhor – e assim foi. O Rolex é o primeiro relógio de pulso a obter certificações de precisão. Em 1926, a marca registra o modelo Oyster, que atravessa o canal da Mancha no pulso da nadadora Mercedes Gleitze em 7 de outubro de 1927 provando que o produto é a prova d’água. Desde então o relógio Rolex esteve presente no mundo dos esportes, especialmente os náuticos. A regata Rolex Sydney Hobart é um exemplo.
Criado em 1928 o modelo Prince traz design avançado, em forma retangular. No mostrador, na parte superior, um círculo mostra as horas e os minutos enquanto outro, abaixo, conta o passar dos segundos. Reza a lenda que logo se tornou favorito dos médicos por sua utilidade de “tomar o pulso”, ou seja, medir a pressão.
Em 2005, uma nova versão do modelo Prince foi lançada causando desejo aos colecionadores de relógios. É o modelo sem ares ou pretensões esportivas.
A busca pelo aperfeiçoamento tecnológico é uma constante. A marca lançou em 1931 o mecanismo automático – o mover do pulso faz a máquina funcionar. Adeus para o ato de dar corda no relógio. Hoje, o modelo Cosmograph Daytona tem autonomia de 72 horas.
Em 1945 o Rolex foi o primeiro relógio a exibir em seu mostrador o dia do mês e onze anos mais tarde em 1956 passou a indicar o dia da semana.
As inovações não cessaram. Os relógios passaram a ser à prova de choque, pressão e água. A marca ainda trabalhou no desenvolvimento de cronógrafos acoplados ao relógio que permitem a contagem precisa do tempo.
Em 1953, o relógio Rolex atinge a marca de resistência abaixo de 100 m d’água com o modelo Submariner, o primeiro relógio para mergulho. Surpreendente mesmo é a criação do modelo Sea-Dweller Deepsea em 2008, que resiste a profundos 3.900 metros.
A Rolex dispõe hoje de 170 modelos que permitem 3200 combinações. Na boutique Rolex de Paris, ao consultar sobre os relógios, a vendedora é sempre clara ao informar que o mostrador e a pulseira podem ser trocados quando o cliente quiser. Ou seja, cansou pode trocar.
Atualmente a marca possui lojas próprias nas principais cidades mundiais e prima por ter representantes em todos os cantos do mundo. Diz-se existir uma fila de lojas-candidatas a tal representação.
Atualmente a sede mundial do grupo se encontra no bairro Acácias, em Genebra, e é de lá que Patrick Heiniger exerce a missão de, como terceiro presidente da empresa, levar adiante a contagem do tempo através dos tempos.
Enquanto a crise abala a economia mundial, a Rolex, empresa de capital privado, investe mais uma vez no mercado de luxo lançando uma campanha publicitária aonde segundo o conceito “o luxo moderno é o luxo contemporâneo, o luxo refinado é toda a elegância do luxo”.
Figurando nessa campanha modelos de relógios sempre cravejados de brilhantes. Já dizia James Bond, “Os diamantes são para sempre”. Pelo visto, Rolex também!

Ela não é uma fashion victim!

Reconhecida como ícone do mundo da moda pelo seu estilo único e pessoal, Kate Moss e seu guarda-roupa são a razão do lançamento do livro Kate Moss Style. Uma vez perguntaram à Kate se ela tinha nascido “cool”. A modelo somente sorriu. À partir daí Angela Buttolph, formada pelo London College of Fashion, co-autora do livro Fashion Book (editora Phaidon) e hoje editora e colaboradora da revista Grazia, decidiu investir no guarda-roupa da famosa modelo. Um pouco biográfico, o livro traz algumas das primeiras fotografias de Kate Moss e algumas em família, fazendo compras ou com amigos. Muitas fotografias de premiações e aparições públicas aonde o estilo pessoal de combinar peças vintage com peças atuais fazem o olhar observar com atenção.
Charmosa e sofisticada sem apostar em excessos o estilo Kate Moss é admirado por muitas pessoas que ao longo das páginas dão seu depoimento. Marc Jacobs, Matthew Williamson, Tom Ford, Karl Lagerfeld e até Kelly Osborne são unânimes ao reconhecer que Kate traz um toque de glamour para as peças mais simples tornando-as de extrema elegância. Seu ídolo, dizem ser, Anita Pallemberg a modelo e atriz que namorou Keith Richards do grupo de rock Rolling Stones. É nela que a modelo se inspiraria para criar seus “looks” pessoais. O livro traz poucos depoimentos pessoais ou dicas de como combinar peças ao estilo Moss. No entanto, é uma excelente referência do estilo único desta modelo que há muito tempo veste não só roupas vintage, mas também, a parte das costas virada para frente e tamanhos maiores ajustados com cintos. O livro foi publicado em inglês pela editora Century em 2008.