quinta-feira, 17 de julho de 2008

ANDRÉ LIMA (show de dobraduras)

Um exagero sem excesso. Uma nova assimetria. Como explicar a coleção de verão de André Lima? Roupas que desejam liberdade total. Peças que pretendem sair do corpo e voar. Os vestidos longos de cetim, tafetá ou jacquard perdem o volume e ganham cortes enviesados e caimento mais seco. Aparecem em cores lisas! Preto, branco, azul acinzentado, lilás, amarelinho... que às vezes se misturam em irreverentes combinações. Os curtos grudam no corpo e se enfeitam com ousadia. Surgem até maiôs! Origamis se revezam da cabeça (como um chapeuzinho de antigamente) aos pés (os escarpins são maravilhosamente recortados). Laços, flores, trançados pousam sobre tubinhos tomara-que-caia como dobraduras gigantes contrastando com fileiras de pequenos botões cobertos. Os modelos ganham asas, bicos, pontas. O estilista não abandonou de todo as estampas. Brinca com o pop, se espalha no jogo de cores e capricha na geometria. Uma arquitetura muito chic.

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