Vários dos jovens estilistas que desfilaram no Rio Moda Hype se inspiraram em animais exóticos ou tropicais - mesmo que indiretamente. A vedete Luz del Fuego, por exemplo, uma das referências para o desfile da ADPAC, levou a estilista Adriana Pacheco a criar faixas de lycra estampadas com escamas de cobra ou animais selvagens que subiam pelas pernas das modelos. Stefania Rosa, da Stefania, também se contagiou pela fauna e mostrou vestidos soltos (alguns em corte A, com perfume dos anos 1960) com estampas geométricas e de animais, além de gola retangular ampla -lindos. Já a Animáquina, da Random, misturou o instinto animal e a máquina em roupas quadradas de materiais plásticos, com botões e espaço para placas de energia. No quesito clichê, a Copacabana Beat, de Athria Gomes, colocou prostitutas e gringos na passarela: tudo supercolorido e com estampas de flores e animais tropicais como tucanos e araras. Óculos quadradões e bolsas ajudavam a deixar sua Copacabana mais rocker! Saindo da estética animal print, o coletivo NO HAY BANDA se inspirou no preguiçoso e antropofágico Macunaíma, personagem de Mário de Andrade. Os looks mostrados na passarela? Vestidos balonês, calças com cintura alta e macaquinhos jeans em com cores verde musgo e estampas de folhagem. Por último, a Despi desfilou as flores brasileiras em estampas com cores neutras (bege, vermelho-merlot e verde) e detalhes em pedraria.O segundo e último dia do Rio Moda Hype apresentou mais seis novos talentos. A marca BUTCH, do estilista gaúcho Juliano Corbetta, abriu a maratona de desfiles com uma linha de beachwear masculino. Em seguida, Melca Jenebro mostrou a coleção "O fantástico mundo dos feios", repleta de vestidos amplos e com mangas bufantes, além de muitas peças em jeans. Romântica, Renata Veras foi de pin ups: apostou em microshort de cintura alta e blusas folgadas. Já a Tear Gás, de Marcelo Iabrude, apresentou um apocalipse comportado. O símbolo era a máscara de oxigênio que vinha em camisetas e vestidos. Marciana Santos, da grife Marciana, foi a estilista vencedora do Prêmio Rio Moda Hype do verão 2008. Sua coleção se baseou na cromoterapia – uma “Moda Therapy”, em que o conforto era a regra. Paulo Luz, da Pluz Brasil, escolheu o aquecimento global como tema e traduziu seu protesto em sportswear. O estilista e os modelos fecharam o desfile com placas nas mãos que traziam frases como "O planeta pede sua ajuda". ELLE amou: os vestidos soltinhos com jogos de estampas de Melca Janebro; o vestido da Marciana com as cores do arco-íris e o look rock´n roll do macacão jeans de tear Gás.
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